segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Transtorno Bipolar

Uma hora muito feliz, em outra muito triste; muita fome, sem nenhuma vontade de comer. Mudanças repentinas de humor podem parecer bobagem, mas às vezes há algo muito maior por trás disso. O Transtorno Bipolar pode ser confundido por alterações no humor, mas na verdade é uma doença grave, que necessita de tratamento pelo resto da vida. O Transtorno Bipolar, também conhecido como TAB, é uma doença psíquica, mental. O cérebro produz de forma atípica alguns neurotransmissores fundamentais para nossa saúde mental. O motivo ainda não foi descoberto, mas para alguns pesquisadores, pode ser genético. Quem sofre de TAB não é retardado, nem muito menos precisa abdicar ou mudar sua rotina profissional ou pessoal. É uma doença como a diabetes ou a hipertensão, que tem controle, mas não cura. A característica principal do TAB é a alternância do humor, sendo que ora a pessoa fica demprimida, ora eufórica, intercalando com períodos de normalidade. O diagnóstico é complexo, pois muitas vezes o transtorno é confundido com alterações de humor motivadas por dificuldades estressantes do cotidiano, porque estas são passageiras. O senso crítico e a capacidade objetiva do doente ficam prejudicadas ou ausentes, fazendo com que ele pense que as alterações na personalidade são devido a algum momento. A mudança do comportamento de euforia para depressão ou vice-versa é súbita, não mais uma mera mudança brusca de humor. Esses quadros são diferenciados por episódios de mania - quando o doente fica bem eufórico - e episódios de depressão - quando o doente se sente bem infeliz. No quadro de euforia, os sintomas se apresentam como humor eufórico, aumento de energia e disposição, irratabilidade e impaciência, exaltação e distração. Já no quadro depressivo, os sintomas são de desânimo e cansaço mental, dificuldade de distração e esquecimento, alteração de apetite e até diminuição da libido. Segundo especialistas, o tratamento mais indicado é uma combinação de medicamentos e psicoterapia. O diagnóstico precoce aliada a uma terapêutica adequada é um bom caminho para a melhoria e manutenção da qualidade de vida do portador desse distúrbio. A participação da família também é muito importante. Para auxiliar o paciente, a família precisa saber o que é e como se trata o transtorno bipolar. É difícil identificar, mas é necessário empenho e determinação. Um bom conhecimento da doença e do seu tratamento pelo paciente, pelos seus familiares e amigos, aumenta a possibilidade de uma vida produtiva, com qualidade e satisfação. Quem tem TAB pode viver feliz sim, se seguir corretamente o tratamento. Lembrando que, embora possa parecer curado, o Transtorno Bipolar não tem cura e nunca se deve largar a medicação sem orientação médica.

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