quinta-feira, 18 de junho de 2009

A ilusão da ditadura da beleza




Cada dia que passa as mulheres procuram ter os cabelos mais lisos, e para isso não pensam que podem acabar prejudicando a própria saúde. O formol, - queridinho da ala feminia por ter alto poder alisador - que teve seu uso proibido, deu lugar a um produto que pode ser até dez vezes mais tóxico que a substância que mantém os cadáveres sadios. O novo produto tem como principal substância o glutaral, um componente químico que é usado para esterilizar material hospitalar. A denúncia do uso estético desse material foi feita pelo deputado Dionísio Lins, autor da lei que proíbe a utilização do formol nos salões de beleza e estética.
Usada na desinfecção hospitalar, o glutaral é tão potente que é capaz de esterilizar instrumentos infectados pelo vírus HIV, pelo da hepatite B e pelo bacilo da tuberculose. A utilização como intensificador em alisamentos pode ser desastrosa. Alguns dos efeitos imediatos são queimaduras no couro cabeludo, coceira, ardência ocular e até pneumonia química - queimadura no pulmão devido à inalação, que pode levar até à morte. A longo prazo, pode causar câncer e alterações no sistema nervoso central.
O uso do componente como alisador já preocupa a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que afirma que assim como o formol, o glutaral é um conservante e não um alisador, e só pode ser empregado em produtos cosméticos na concentração máxima de 0,1%. No caso do formol, esse valor é de 0,2%. A ANVISA recomenda solicitar informações ao profissional sobre o produto a ser usado, ler seu rótulo, verificar as substâncias e se há o registro de autorização na embalagem e sempre fazer teste de alergia para evitar problemas posteriores.

Se beber, não dirija!


Após um ano da Lei Seca - que proíbe dirigir após a ingestão de bebidas alcóolicas - , o número de acidentes nas rodovias federais caiu 3%. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, no balanço geral de vigência da Lei, 14 mil motoristas foram reprovados no teste do bafômetro, dos quais nove mil foram presos em flagrante por embriaguez.
Mesmo com tanta fiscalização, alguns motoristas imprudentes ainda bebem antes de assumir o volante. Muitas pessoas acreditam que após os 12 meses da Lei, a fiscalização não estão tão intensa. De acordo com a PRF, a65 mil km de rodovias federais estão sendo fiscalizadas com o uso de 750 bafômetros, o que equivale um aparelho a cada 80 km de estrada.
Recentemente o deputado estadual do Paraná, Fernando Ribas Carli Filho, colidiu seu carro em alta velocidade com outro veículo, ocasionando a morte de dois jovens. Após exames médicos, foi constatado 7,8 dg/l de alcóol no sangue do deputado, sendo que para o Código Nacional de Trânsito, 6 dg/l já são considerados crime. Fernando Ribas soma mais de 130 pontos na habilitação por infrações de trânsito, a maioria por excesso de velocidade e ainda estava com a carteira suspensa.
O deputado é acusado de homicídio doloso - com intenção de matar -, pois estava com alto nível de embriaguez. O acidente aconteceu após o parlamentar tomar mais de duas garrafas de vinho em um restaurante. Testumunhas disseram que ele não tinha a menor possibilidade de dirigir. Esse é um dos vários casos de acidentes com morte registrados após o primeiro ano da Lei Seca.

Pedofilia é crime hediondo sim!


Um projeto de lei que está sendo analisado pela Comissão de Cidadania e Justiça do Senado, tem como objetivo, caracterizar pedofilia como crime hediondo. De acordo com a proposta, quem praticar violência sexual contra crianças e adolescentes poderá ser condenado a prisão por até 16 anos. Caso o abuso resulte na morte do menor, o infrator poderá ficar por até 30 anos preso. O projeto ainda prevê a punição do agressor que manipular partes genitais de crianças, mesmo que não pratique ato sexual. Para este tipo de crime, a reclusão poderá ser de dois a oito anos, além de gerar multa. Quem praticar estupro ou cometer atentado violento contra menores, poderá ser punido com prisão de dez a 14 anos. Abandonar e obrigar a prática sexual ou a prostituição de crianças também vai ser considerado crime, e o tempo de prisão varia de três a oito anos. Apesar do projeto ser abrangente, para ser aprovado, ainda vai ter que ser analisado pela Comissão de Direitos Humanos e ser votado pelos deputados.
A proposta apresentada na CPI da Pedofilia incluiu ainda no rol de crimes hediondos a venda de material pornográfico e a exploração sexual de crianças e adolescentes.

Jornalista sem diploma?




O Supremo Tribunal Federal, deu parecer favorável ao recurso interposto pelo Sindicato de Rádio e Televisão de São Paulo, pela não exigência do diploma dos profissionais de mídia. O julgamento resultou no fim de uma conquista de 40 anos, pois antes disso, para excer a função de jornalista não era preciso ter diploma.
Segundo o STF, a obrigatoriedade do diploma é inconstitucional, pois a Constituição Federal diz que qualquer pessoa pode expor suas idéias e ter liberdade de expressão. O ministro Gilmar Mendes, presidente do STF e relator do processo, comparou o jornalismo a culinária, alegando que um chef de cozinha não precisa de formação. Dos nove ministros presentes, sete acompanharam o voto do relator.
O presidente da Federação Nacional do Jornalistas, Sérgio Murilo de Andrade, afirmou que a decisão é um golpe à qualidade da informação jornalística e à organização da categoria. A executiva da FENAJ se réune dia 18/06 para para avaliar o resultado e traçar novas estratégias da luta pela qualificação do diploma de jornalismo.