quinta-feira, 18 de junho de 2009

A ilusão da ditadura da beleza




Cada dia que passa as mulheres procuram ter os cabelos mais lisos, e para isso não pensam que podem acabar prejudicando a própria saúde. O formol, - queridinho da ala feminia por ter alto poder alisador - que teve seu uso proibido, deu lugar a um produto que pode ser até dez vezes mais tóxico que a substância que mantém os cadáveres sadios. O novo produto tem como principal substância o glutaral, um componente químico que é usado para esterilizar material hospitalar. A denúncia do uso estético desse material foi feita pelo deputado Dionísio Lins, autor da lei que proíbe a utilização do formol nos salões de beleza e estética.
Usada na desinfecção hospitalar, o glutaral é tão potente que é capaz de esterilizar instrumentos infectados pelo vírus HIV, pelo da hepatite B e pelo bacilo da tuberculose. A utilização como intensificador em alisamentos pode ser desastrosa. Alguns dos efeitos imediatos são queimaduras no couro cabeludo, coceira, ardência ocular e até pneumonia química - queimadura no pulmão devido à inalação, que pode levar até à morte. A longo prazo, pode causar câncer e alterações no sistema nervoso central.
O uso do componente como alisador já preocupa a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que afirma que assim como o formol, o glutaral é um conservante e não um alisador, e só pode ser empregado em produtos cosméticos na concentração máxima de 0,1%. No caso do formol, esse valor é de 0,2%. A ANVISA recomenda solicitar informações ao profissional sobre o produto a ser usado, ler seu rótulo, verificar as substâncias e se há o registro de autorização na embalagem e sempre fazer teste de alergia para evitar problemas posteriores.

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